Qual a diferença entre furacão, tornado, tufão e ciclone?

Furacão, tornado, tufão e ciclone são fenômenos meteorológicos relacionados a movimentos giratórios de ar, mas possuem diferenças significativas:

  • Ciclone: É um movimento de ar giratório em uma grande área, envolvendo centenas de quilômetros. Os ciclones podem apresentar ventos com velocidades iguais ou superiores a 120 km/h e são bastante destrutivos, pois atingem um grande número de áreas.

  • Tornado: Também é um movimento de ar giratório, mas que se estabelece em uma área menor. Os tornados apresentam velocidades maiores, girando em torno dos 500 km/h ou mais. O grau de destruição do tornado é maior que o do ciclone, mas atinge uma área mais restrita. O diâmetro de um tornado não costuma ultrapassar os 2 km.

  • Furacão: É um tipo específico de ciclone que ocorre na porção leste do oceano Pacífico ou no Atlântico. Para ser classificado como furacão, uma tempestade deve atingir velocidades de vento de pelo menos 119 km/h.

  • Tufão: É outro tipo específico de ciclone que ocorre na porção oeste do Pacífico. A diferença entre furacão e tufão é apenas a localização geográfica onde ocorrem.

Em resumo, os principais diferenciais entre esses fenômenos são a área afetada, a velocidade dos ventos e a localização geográfica em que ocorrem. Ciclones e tornados são fenômenos maiores e menores, respectivamente, enquanto furacões e tufões são subtipos de ciclones que ocorrem em diferentes regiões do globo.

Característica Furacão Tornado Tufão Ciclone
Definição Um ciclone tropical com ventos de pelo menos 119 km/h Um movimento de ar giratório em uma área menor, com ventos que podem chegar a 500 km/h Um ciclone tropical semelhante ao furacão, mas que ocorre na região oeste do Pacífico Um movimento de ar giratório em uma grande área, envolvendo centenas de quilômetros, com ventos de até 120 km/h
Área afetada Podem atingir centenas de quilômetros quadrados Podem atingir até 2 quilômetros de diâmetro Podem atingir centenas de quilômetros quadrados Podem atingir até 1500 km de diâmetro
Intensidade Ventos podem chegar a 179 km/h para ser classificado como "furacão intenso" Ventos podem chegar a 500 km/h ou mais Ventos podem chegar a 241 km/h para ser classificado como "supertufão" Ventos podem chegar a 120 km/h
Duração Podem durar de alguns dias a uma semana ou mais Podem durar de 10 a 15 minutos, podendo chegar a até 3 horas em casos mais intensos Podem durar de alguns dias a uma semana ou mais Podem durar de alguns dias a uma semana ou mais
Localização Ocorrem principalmente na porção leste do oceano Pacífico ou no Atlântico Ocorrem em diversas regiões, como a planície norte-americana Ocorrem principalmente na região oeste do Pacífico Ocorrem em diversas regiões, como a planície norte-americana

Quais são as características de um furacão?

Um furacão é um tipo de ciclone tropical caracterizado por fortes ventos e formação de nuvens, associados a áreas de baixa pressão e alta umidade. As principais características de um furacão incluem:

  • Centro de circulação fechada: Os furacões possuem um centro de circulação fechada, no qual os ventos sopram para dentro, em torno dele;
  • Ventos fortes: Os ventos em um furacão geralmente ultrapassam a velocidade de 120 quilômetros por hora;
  • Formação sobre oceanos tropicais: Os furacões formam-se em áreas oceânicas tropicais, onde há alta temperatura e umidade, com temperaturas superiores a 26°C;
  • Estrutura: Os furacões possuem uma estrutura característica, com um "olho" no centro, onde a pressão é menor e os ventos são mais fracos;
  • Classificação: Os furacões são classificados de acordo com a velocidade dos ventos e a potência destrutiva, utilizando a escala de Saffir-Simpson, que varia de 1 a 5;

Embora a costa oceânica brasileira não possua condições favoráveis à ocorrência de furacões, o país já registrou um furacão, o Furacão Catarina, em 2004, no estado de Santa Catarina.

Como se forma um tufão?

Um tufão é um tipo de ciclone tropical que se forma principalmente no Oceano Pacífico Noroeste, afetando regiões como o sul da Ásia e o Oceano Índico. A formação de um tufão envolve diversos estágios e fatores:

  1. Evaporação e condensação: A água do oceano evapora e se condensa em nuvens, formando um sistema de nuvens e ar em movimento;
  2. Baixa pressão atmosférica: A formação de um tufão começa com a presença de um centro de baixa pressão atmosférica em zonas tropicais dos oceanos;
  3. Ventos circulares: Já na alta atmosfera, o ar quente esfria-se e transforma-se em nuvem, formando um sistema de nuvens e ar em movimento. O calor do oceano e da água que evapora faz com que o ar frio, que possui uma pressão maior, invada o espaço desocupado pelo vapor que subiu. Com isso, o ar frio também se aquece e sobe em movimentos circulares;
  4. Ventos fortes: Tufões apresentam ventos fortes, chegando a 120 km/h;

A ocorrência de um tufão é mais provável em áreas próximas ao Japão e Filipinas, onde a massa de água quente existente expõe esses países a tempestades tropicais.

A temporada de tufões varia de acordo com a localização, como de 15 de maio a 30 de novembro no nordeste do Pacífico e entre final de junho e dezembro na região noroeste do Pacífico.

Artigos semelhantes:

Quais são as regiões do brasil mais afetadas por ciclones?

As regiões do Brasil mais afetadas por ciclones extratropicais são:

  1. Região Sul: É a região mais afetada pelos ciclones extratropicais, pois já está sendo atingida por uma frente fria que passa pelo oceano, o que favorece o surgimento de novas instabilidades e a formação de ciclonesOs estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina são especialmente preocupantes, já que algumas cidades foram afetadas por tempestades anteriores;
  2. Região Sudeste: Os efeitos do ciclone extratropical também chegam ao Sudeste, onde há chuvas intensas e ventos de até 60 km/h em várias áreas, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais (porção sul e Triângulo Mineiro), Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso e sul de Goiás;
  3. Região Centro-Oeste: A região Centro-Oeste também pode ser afetada por ciclones extratropicais, como o que ocorreu em outubro de 2022, quando a Região Sul e parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste foram atingidas por grandes volumes de raios e rajadas de vento;

Os ciclones extratropicais podem causar deslizamentos de terra, rajadas de vento e queda de granizo, sendo um risco para a população e a infraestrutura das regiões afetadas.