Qual a diferença entre alterações cromossômicas numéricas e estruturais?

As alterações cromossômicas podem ser divididas em duas categorias principais: numéricas e estruturais.

Alteração cromossômicas numéricas

São aquelas que afetam o número total de cromossomos de um indivíduo. Existem dois tipos principais de alterações numéricas: euploidias e aneuploidias.

Euploidias

Ocorrem quando um indivíduo possui um número inteiro e múltiplo de cromossomos haplóides (n) . Um exemplo é a triploidia, onde o indivíduo possui três grupos cromossômicos (3n), e a tetraploidia, onde o indivíduo possui quatro grupos cromossômicos (4n) .

Aneuploidias

São caracterizadas por resultar em um número de cromossomos diferente de 46, que podem comprometer tanto os cromossomos autossômicos como os sexuais. Um exemplo é a síndrome de Down, que ocorre quando um indivíduo possui três cromossomos 21 em vez de dois.

Alteração cromossômicas estruturais

São aquelas que envolvem modificações na morfologia dos cromossomos e podem ser deleções, duplicações, inversões ou translocações.

Deleções

Ocorrem quando parte do cromossomo é perdida, resultando na perda de material genético. Podem ocorrer na porção terminal dos braços cromossômicos ou ainda em porções mais internas (deleções intersticiais) .

Duplicações

Acontecem quando uma porção de um segmento do cromossomo está repetida, ocorrendo com maior frequência durante a meiose.

Inversões

São processos em que parte do cromossomo separa-se e reorganiza-se de forma invertida, não resultando na perda de material genético, mas na alteração de sua ordem.

Translocações

Envolvem a troca de porções entre cromossomos, resultando em mudanças na estrutura e na ordem dos genes.

Em resumo, as diferenças entre as alterações cromossômicas numéricas e estruturais são:

  • As numéricas afetam o número total de cromossomos de um indivíduo, enquanto as estruturais envolvem modificações na morfologia dos cromossomos.
  • As numéricas podem ser euploidias ou aneuploidias, enquanto as estruturais podem ser deleções, duplicações, inversões ou translocações.
Característica Alteração Cromossômica Numérica Alteração Cromossômica Estrutural
Definição Alterações no número de cromossomos em uma célula Alterações na estrutura de um cromossomo
Classificações Aneuploidias (monossomia, trissomia, tetrassomia, nulissomia) e euploidias (poliploidia) Deleção, duplicação, inversão e translocação
Causas Não disjunção cromossômica durante a meiose Erros no processo de meiose ou exposição a radiação
Efeitos Mudanças no número de cromossomos, afetando o fenótipo do indivíduo Mudanças na estrutura do cromossomo, afetando a expressão genética
Exemplos Síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21) Deleção do cromossomo 1p36 (perda de material genético na região terminal da banda 3 do braço curto do cromossomo 1)

Quais são os tipos de alterações cromossômicas numéricas?

As alterações cromossômicas numéricas são aquelas que alteram o número total de cromossomos de um indivíduo. Essas alterações podem ser classificadas em euploidias e aneuploidias.

  1. Euploidias: Ocorrem quando há um múltiplo exato do número cromossômico haplóide (n)Exemplos de euploidias incluem:
    • Triploidia: O indivíduo possui 3n cromossomos, ou seja, três grupos cromossômicos;
    • Tetraploidia: O indivíduo possui 4n cromossomos e quatro grupos cromossômicos;
  2. Aneuploidias: São caracterizadas por resultar em um número de cromossomos diferente de 46, que podem comprometer tanto os cromossomos autossômicos quanto os sexuaisExemplos de aneuploidias incluem:
    • Trissomia: O indivíduo possui um cromossomo a mais em relação ao número normal;
    • Monossomia: O indivíduo possui um cromossomo a menos em relação ao número normal;

Essas alterações numéricas podem ser causadas por erros na divisão celular, bem como por fatores ambientais, como radiação.

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Quais são os tipos de alterações cromossômicas estruturais?

As alterações cromossômicas estruturais são modificações na morfologia dos cromossomos e podem ser divididas em quatro tipos principais: deleção, duplicação, inversão e translocação.

  1. Deleção: ocorre quando há a quebra e perda de um trecho do cromossomo, resultando na perda dos genes daquela região. Essa alteração cromossômica acontece principalmente durante a meiose, a divisão celular responsável por gerar os gametas (óvulos e espermatozóides);
  2. Duplicação: ocorre quando há a duplicação de uma parte do cromossomo, resultando em uma repetição de um segmento. Essa situação pode ocorrer quando o fragmento do cromossomo que sofreu deleção liga-se a uma cromátide, formando um segmento extra. As duplicações acontecem com maior frequência durante a meiose;
  3. Inversão: é um processo em que parte do cromossomo se separa e reorganiza-se de forma invertida. Nesse caso, não há perda de material genético, mas sim uma alteração na ordem das informações genéticas. Existem dois tipos de inversões: pericêntrica e paracêntrica;
  4. Translocação: ocorre quando há a incorporação de uma porção de um cromossomo em outro cromossomo. Podemos classificar essa alteração cromossômica em translocação recíproca (troca entre os dois cromossomos envolvidos) e translocação não recíproca (um cromossomo transfere um fragmento, mas não recebe outro de volta);

Essas alterações cromossômicas estruturais podem ser danosas ao indivíduo, influenciando a formação do fenótipo. Normalmente, elas acontecem por erros no processo de meiose ou por fatores ambientais, como radiação.

Como as alterações cromossômicas afetam o organismo?

As alterações cromossômicas são alterações no número ou estrutura dos cromossomos, que podem afetar o organismo de diferentes maneiras. Existem dois tipos principais de alterações cromossômicas:

  1. Alterações cromossômicas numéricas: Envolvem alterações no número de cromossomos. Quando um organismo possui um cromossomo a menos, a condição é chamada de monossomia (2n-1); quando possui um cromossomo a mais, é chamada de trissomia (2n+1);
  2. Alterações cromossômicas estruturais: Envolvem modificações na estrutura dos cromossomos e podem ser deleções, duplicações, inversões ou translocações;

Essas alterações podem afetar o organismo de várias maneiras, dependendo da localização e da natureza da alteração. Algumas consequências possíveis incluem:

  • Mudanças no fenótipo: As alterações cromossômicas podem levar a mudanças no fenótipo do indivíduo portador, afetando aspectos como aparência, comportamento e saúde;
  • Síndromes genéticas: Algumas alterações cromossômicas estruturais podem resultar em síndromes genéticas, como a Síndrome de Down, que ocorre devido a uma trissomia do cromossomo 21;
  • Problemas de saúde: As alterações cromossômicas podem causar problemas de saúde, como retardo mental, baixa estatura, convulsões e problemas cardíacos;
  • Mortalidade: Algumas anomalias cromossômicas podem causar a morte do embrião ou feto antes do nascimento;

É importante ressaltar que a gravidade e os efeitos das alterações cromossômicas no organismo variam de acordo com a natureza e a localização da alteração.